Parlamentari eletti all'estero - Fine annunciato

17 de maio de 2019

Das leituras recentes de opiniões balizadas sobre o tema, parece estar clara uma proposta que um Parlamento menos numeroso seria mais ágil e eficiente, o que seria o início de uma verdadeira Terceira República, aquela dos cidadãos, mas mantendo uma representação equilibrada no território, capaz de atender também as demandas das minorias.

 

Muito da falta de informações do passado estaria atualmente superado com o pleno acesso às modernas mídias, o que diminuiria muito a necessidade de interlocutores que iriam “parlamentar” em nome dos representados. Mas, no caso do exterior, valeria este mesmo conceito? 18 parlamentares para atender as demandas de uma outra inteira Itália espalhada pelo mundo poderia ser substituída eficazmente pela hoje denominada rede mundial de informações? Isto porque um deputado eleito na Itália representaria 150 mil habitantes, enquanto no exterior este número seria cerca de 700 mil. Já no Senado esta relação seria de 300 mil na Itália e 400 mil aos inscritos no Aire, sem contar o aumento constante destes eleitores com as concessões de novas cidadanias aos que justa e legalmente estão na fila há anos, especialmente no Brasil.

 

Já discutimos muito a respeito desta aventura de viver longe territorialmente, mas muito perto do coração, da memória e da vontade de voltar às origens, nem que seja numa viagem, um estágio, uma busca pelas origens e documentos dos antepassados, mas também de negócios, oportunidades e intercâmbio econômico. E disso temos falado e atuado muito nas últimas décadas, o que nos permite dizer que não é a redução da pouca representatividade a solução, mas exatamente o contrário.

 

Muitos de nós nos batemos diariamente com este quadro de oportunidades bem aproveitadas, muitas tantas desperdiçadas, justamente porque – como quase sempre acontece na política – os eleitos para esta missão não tem compromisso com estes ideais, mas apenas com as suas expectativas, não trabalham em conjunto pelo bem de todos, mas apenas para atender aos seus anseios ou de suas estruturas partidárias, tendo ou não obediência a uma corrente ideológica.

 

Sacrifícios, trabalho duro, construção de boa parte de muitas nações, todos nós italianos espalhados pelo mundo somos profundos conhecedores e atores desta fantástica epopeia, levando a conquista de espaço econômico, político e social de grande importância pelos 4 cantos. Todavia, erramos na estratégia de reunir forças e recursos para melhor representar estas massas na fonte política e de poder que é o Parlamento, de modo que esta força seja sentida.

 

Ao contrário do que se propõe, nossa opinião é ser extremamente importante manter a estrutura que se estabeleceu até o momento, com:

 

    1. Manter a representação oficial (Parlamentari-CGIE e Comites). Praticamente todos estes atores vem do voluntariado que jamais cessará a sua ação, devendo ser incentivados os jovens e fazer parte.

 

    2. Manter o que resta de incentivo à língua e cultura italiana, permitindo e até mesmo exigindo que os filhos e netos destes imigrantes possam se expressar eficientemente, para o livre exercício da cidadania plena, seja pelo jus sanguinis, seja pela naturalização/casamento, onde ao menos o nível B1 da língua italiana possa ser comprovado;

 

    3. Melhorar ainda mais (diante das recente medidas tomadas neste sentido pelo novo governo italiano) os espaços de cidadania, ou seja, consulados, centros de língua e cultura, patronatos de assistência social aos necessitados e, evidentemente, apoio aos que precisam buscar o caminho de ida ou da volta para o melhor qualidade de vida, sem esquecer das Câmaras de Comércio, que prestam um importante papel na instalação ou ampliação de fábricas e empresas italianas em todo o mundo, tudo resumido naquilo que chamamos de Sistema Itália.

 

Estes temas estão no centro dos debates em todos os níveis de discussão política da nossa atuação, com ou sem mandato – já ouvidos os representantes dos Comites e CGIEs – órgãos estes naturalmente contrários à redução dos eleitos no exterior, isto porque não entendemos aceitável que o tempo passe e não se tenha aproveitado tudo de positivo que a representação política nos disponibiliza e nós fiquemos a discutir se um determinado parlamentar é de direita o de esquerda, como temos visto constantemente.

 

Nós defendemos a manutenção da atual estrutura de representação política, criada com a reforma Constitucional do ano 2000, obtida pela abnegação de muitos que nos antecederam, como foi Mirko Tremaglia, e não podemos aceitar que 18 seja um número exagerado para a outra Itália presente no mundo. Se chegamos até aqui foi porque lutamos e obtivemos vitórias, mesmo que aqueles parlamentares que ocuparam e ocupam estas cadeiras desde 2006 não sejam exatamente os melhores ou que a eleição não tenha vícios e falhas que permitiram estes chegarem lá.

 

O secretário geral do CGIE, Michele Schiavone indica que cortar o número de eleitos no exterior é apenas uma proposta aritmética, inaceitável do ponto de vista democrático, pois fere o art. 3 da Constituição (“Tutti i cittadini hanno pari dignità sociali e sono uguali davanti alla legge”), reduzindo o cidadão a uma condição de inferioridade e marginalidade, mesmo tendo a mesmo direito à cidadania plena, independentemente de onde esteja residindo.

 

É preciso manter viva e preservada esta relação que reforça os interesses econômicos, geopolíticos e da promoção do Sistema Itália. Esqueçamos as diferenças de linha ideológica/política, temos que juntar forças para que nossas ações (não se esperam omissões) sejam voltadas a fortalecer esta importante representação que obtivemos, que somos a força presente em todo o mundo que nossa nação precisa para seguir em frente e superar obstáculos, na certeza de superarmos as crises que insistem em nos desafiar. O Parlamento não pode nos diminuir ainda mais.

 

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